Dava pra ver o mundo todo
dentro dela.
Era tipo pas-sa-ri-nho
Vivia voando e deixando pedaços
por todo o caminho.
A liberdade era o seu ninho.
E eu, era menino solitário
que gostava de brincar de pique-esconde
pra ela me achar.
Cresci, e ela continuou me achando,
sempre que eu me perdia.
E eu a achava,
dentro da minha poesia.
AMOR-TECER
domingo, 31 de janeiro de 2016
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Releitura das suas mãos
A tua perna encaixada ao meu pelo
molhando a minha boca,
saciando a minha sede.
Faço do teu corpo o meu vinho tinto
me lambuzo, me molho, te bebo.
Viro a casa de cabeça pra baixo.
Vamos ficar aqui a noite toda
brincando de pique-esconde,
eu me achando dentro de você.
molhando a minha boca,
saciando a minha sede.
Faço do teu corpo o meu vinho tinto
me lambuzo, me molho, te bebo.
Viro a casa de cabeça pra baixo.
Vamos ficar aqui a noite toda
brincando de pique-esconde,
eu me achando dentro de você.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Protesto
Preto,
sinônimo de genocídio
Não
posso andar na rua
Sem
ser alvo de extermínio.
"Para
vagabundo, encosta aí, mãos ao alto."
Eu
nem sei o que fiz.
Eu
nem sei o que dizem que faço.
"Preto
não estuda."
"Preto
não trabalha."
"Preto
faz um corre."
"Preto-não-merece-respeito."
Na
matemática da polícia
Preto
é subtração.
Eu
quero saber quando eu vou poder sair
Sem
estar sujeito a coerção.
A
sociedade diz que não basta ser preto,
Tem
que ser homossexual,
pobre,
ladrão, marginal.
Colocam
estereótipos
Pedem
pra mudar
"Corta
o cabelo, estuda, vai trabalhar."
Mas
o estado, chance alguma dá.
Dizem que eu não tenho direito sobre o meu corpo.
Dizem que eu não posso praticar o aborto.
Mas que é certo ficar em depressão,
Em filas quilométricas implorando
atenção.
Porque quando o preto procura por saúde
só encontra a porta fechada.
Quando o preto quer segurança
Obrigam a voltar pra senzala.
Quando o preto reclama,
É silenciado.
Quando o preto grita,
É algemado.
É silenciado.
Quando o preto grita,
É algemado.
Dizem
que preto veio ao mundo para sentir dor.
E
eu respondo:
"Chegou à hora dessa
gente bronzeada mostrar seu valor!"
quarta-feira, 10 de junho de 2015
A culpa não foi sua
Vou culpar a porta
por estar sempre aberta.
Vou culpar a morta
por se calar.
Vou culpar o telefone
por estar no gancho.
Vou culpar os acasos
por te encontrar.
Vou culpar o celular
por estar ligado.
Vou culpar o que penso,
vou culpar o que sou
e pior, o que não sou.
Vou culpar as estrelas,
as letras de musicas
aquelas românticas
que falam de amor.
Vou culpar a escrita
por insistir em beber de ti.
Vou culpar o tecido
por estar vestido,
e o teu corpo nu.
Vou culpar o álcool,
as amizades.
Vou culpar a falta do manual de instruções,
a previsão do tempo
e os signos que não se completam.
Vou culpar a curiosidade da ultima pagina
antes de ler a introdução.
Vou culpar o desejo em excesso,
falta de vergonha na cara.
Vou culpar o lustre sobre a mesa,
o copo de cerveja
a lua que está lá no céu.
Não foi culpa sua,
não foi culpa sua.
Não foi culpa sua!
Foi culpa do coração.
Vou culpar a mim.
e a vocês, não!
por estar sempre aberta.
Vou culpar a morta
por se calar.
Vou culpar o telefone
por estar no gancho.
Vou culpar os acasos
por te encontrar.
Vou culpar o celular
por estar ligado.
Vou culpar o que penso,
vou culpar o que sou
e pior, o que não sou.
Vou culpar as estrelas,
as letras de musicas
aquelas românticas
que falam de amor.
Vou culpar a escrita
por insistir em beber de ti.
Vou culpar o tecido
por estar vestido,
e o teu corpo nu.
Vou culpar o álcool,
as amizades.
Vou culpar a falta do manual de instruções,
a previsão do tempo
e os signos que não se completam.
Vou culpar a curiosidade da ultima pagina
antes de ler a introdução.
Vou culpar o desejo em excesso,
falta de vergonha na cara.
Vou culpar o lustre sobre a mesa,
o copo de cerveja
a lua que está lá no céu.
Não foi culpa sua,
não foi culpa sua.
Não foi culpa sua!
Foi culpa do coração.
Vou culpar a mim.
e a vocês, não!
segunda-feira, 18 de maio de 2015
uma atriz
Com estes versos
Te crucifico
Você poema
E eu abismo
Pra te achar, hei
De me perder
Você Orfeu e eu partido
Pra ser ambíguo do teu
Render, dou mil motivos pra
Pra me querer
Se sou céu
Tu és inverno
Me queima a pele
E eu iceberg
Quero sempre embriagar
A minha metade
Tão cheia de fases
A lua há de
Padecer
Mas, meu completo
É mais partido
- Traz o limão. Eu vou beber!
Te crucifico
Você poema
E eu abismo
Pra te achar, hei
De me perder
Você Orfeu e eu partido
Pra ser ambíguo do teu
Render, dou mil motivos pra
Pra me querer
Se sou céu
Tu és inverno
Me queima a pele
E eu iceberg
Quero sempre embriagar
A minha metade
Tão cheia de fases
A lua há de
Padecer
Mas, meu completo
É mais partido
- Traz o limão. Eu vou beber!
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Português Sentimental.
Em questão de amores
e desamores
desculpas, nunca curam as dores.
As lembranças, tornam-se flechas
no coração
e, qualquer palavra
é em busca de perdão.
- Não vá por esse caminho
aí tem espinhos, e podem nos rasgar
em pedacinhos.
Ouvi e segui, mas nunca deixei
que as escolhas me fizessem partir.
Não sem ti!
- Ei, tá vendo aquele menino ali? - Gritei!
"Ele também erra. Ele também sente saudade."
"Ele também erra. Ele também sente saudade."
"Ele também ama. Ele não quer piedade."
Imagina ele um
"José"
sem querer se afogar no mar
do avesso,
porque avesso, agora
é o seu lugar.
Sempre escrevo o que penso
e sou o que sinto.
Inteiro, na ânsia da idade
apenas permito
que o novo se achegue
e se torne bonito.
Era você, eu, amizade.
Depois, virou apocalipse
e cada um, ficou com metade.
Metade de amor,
ardor, sabor
saudade.
Ninguém é de ninguém
até que se torne alarde
nos banners pela
cidade.
"Eles se casaram. Eles terminaram. Eles voltaram!"
- Eles já não são os mesmos. - Alguém iria falar.
CUIDADO!
Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.
"Eles se casaram. Eles terminaram. Eles voltaram!"
- Eles já não são os mesmos. - Alguém iria falar.
CUIDADO!
Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.
Queria te ligar
depois de cambalear
de bar em bar,
me aproveitando do álcool
pra coragem tomar.
Mas, você fera
ia ser mansa.
ia ser mansa.
E eu aqui, já não sei se sou
herança ou apenas
mais uma conta pra pagar.
Fiquei lá pro final
depois da frase de efeito:
"eu te amo"
Agora, ninguém é perfeito.
Amar é um defeito.
(ma(i)s natural)
Amar é um defeito.
(ma(i)s natural)
quarta-feira, 11 de março de 2015
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